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Artigos Originais

Colonização por MRSA em profissionais de saúde: uma Revisão Sistemática

Mrsa Colonization Health Professionals: A Systematic Review

Ane Caroline Ribeiro1; Carla Matheus Farah2; Joana Lado Oliveira3; Patrícia Guedes Garcia4

1. Pós-Graduação em Microbiologia e Análises Clínicas pela Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora, FCMS/JF, Brasil. E-mail: ane_kroline@hotmail.com
2. Pós-Graduação em Microbiologia e Análises Clínicas pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, FCMS/JF, Brasil. E-mail: carla.farah@hotmail.com
3. Pós-Graduação em Microbiologia e Análises Clínicas pela Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de Juiz de Fora, FCMS/JF, Brasil. E-mail: joanalado@yahoo.com.br
4. PHD, Professora Adjunta do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFJF. E-mail: pggfarm@gmail.com

Recebido em 09/02/2021
Aceito em 30/05/2021

Resumo

OBJETIVO: Investigar por meio de uma revisão sistematizada a prevalência de profissionais de saúde colonizados por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em ambientes hospitalares.

MÉTODOS: Foi realizada uma busca da literatura na base de dados MEDLINE (National Library of Medicine), onde foram analisados estudos transversais e ensaios clínicos, realizados em profissionais de saúde humana colonizados por MRSA em ambiente hospitalar, publicados originalmente na Língua Inglesa nos últimos cinco anos. Foram excluídos estudos mal descritos e inadequados para o tema, simulação e investigação, bem como os que avaliaram profissionais de saúde animal e pacientes colonizados e/ou infectados por MRSA ou por outro tipo de micro-organismo.

RESULTADOS: Fizeram parte do escopo desta revisão um total de 6 estudos, que preencheram os critérios de seleção. As frequências de colonização por MRSA variaram desde 2,4% a 73%. Os profissionais da classe de Enfermagem e aqueles que trabalham em setores de risco foram apontados como os mais suscetíveis a serem colonizados.

CONCLUSÃO: A colonização de profissionais de saúde por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é uma realidade, indicando que uma má adesão em medidas preventivas pode colaborar para a disseminação desse micro-organismo, causando impactos para os pacientes, para comunidade e para própria saúde desses profissionais.

Palavras-chave: Staphylococcus aureus Resistente à meticilina, Pessoal de saúde, Infecção hospitalar.

 

INTRODUÇÃO


Staphylococccus aureus corresponde a um gênero de bactérias, que se apresenta em forma de cocos Gram-positivos, com arranjo em forma de cacho, são catalase positiva, coagulase negativa e anaeróbios facultativos(1), Estão presentes na microbiota do corpo humano (pele, narinas, garganta, intestino, trato urinário, região umbilical e axilas) (2), entretanto em condições especiais, como comprometimento do sistema imunológico ou mesmo traumas que comprometam a integridade da barreira cutânea;(3), somados aos fatores de virulência característicos do gênero (cápsula, peptidoglicano, ácido teicoico, proteína A, adesinas, enzimas extracelulares, leucocidinas e hemolisinas) (1-4), tornam-se bactérias patogênicas, sendo assim, um importante agente etiológico de diversas infecções, desde superficiais a profundas (3).


O que torna o Staphylococcus aureus um agente de grande importância clínica e epidemiológica mundial é a sua capacidade de desenvolver resistência (1). Diante disso, foi de fundamental importância conhecer as cepas resistentes, denominadas de MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina) (3), que por definição, apresentam resistência à essa penicilina e a todos os demais beta-lactâmicos (5) e são responsáveis também, pelo elevado crescimento de infecções dentro do ambiente nosocomial (2-6).


Este agente etiológico vem sendo considerado um verdadeiro desafio à saúde pública, pois a limitação do tratamento provocada pela resistência (7) tem sido um fator determinante no maior índice de letalidade quando comparada às infecções causadas por cepas não resistentes (Staphylococcus aureus sensíveis à meticilina - MSSA) (2-8). O surgimento dessas cepas resistentes está relacionado ao uso indiscriminado de antibióticos (3), aquisição de plasmídeo R (7-9), hiperprodução de b-lactamases e pela presença de uma proteína ligadora de penicilina (PBP protein binding penicilin) alterada. Esta proteína é denominada PBP2a, codificadas pelo gene mecA no cassete cromossomo SCCmec tipos I, II e III, e apresenta baixa afinidade por antibióticos beta-lactâmicos (7-8-9). Outro complicador nas infecções estafilocócicas é a forma de transmissão, pois podem ocorrer de forma direta ou indireta, onde infectados ou apenas colonizados pelas cepas de (MRSA), podem ser um importante fator de risco para o desenvolvimento de infecções(2).


O crescente número de infecções estafilocócicas no âmbito hospitalar, as cepas de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e a limitação no tratamento apontam para a necessidade de um controle efetivo da disseminação dessas cepas e da conscientização acerca do uso indiscriminado de antibióticos, fatores pelos quais, justificam-se a realização do presente trabalho. Mediante o exposto, o objetivo do estudo foi analisar por meio de uma revisão sistemática, a presença de colonização por MRSA em profissionais de saúde, uma vez que estes são possíveis vetores nas infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS).


 


MÉTODOS


Estratégias de busca


Foram analisados os mais relevantes estudos publicados originalmente em Inglês, nos últimos cinco anos, utilizando o filtro Humans, tendo como referência as bases de dados MEDLINE (National Library of Medicine). A estratégia de busca utilizou a seguinte frase de pesquisa: (“colonization methicillin-Resistant Staphylococcus aureus” OR “colonization MRSA”) AND “Carrier state” AND (“health personnel” OR “Health Care Providers” OR “Health Care Provider” OR “Healthcare Providers” OR “Healthcare Provider”). Os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados livre e independentemente por dois revisores a partir dos pontos levantados em cada item exposto (Quadro 1).


 



 


RESULTADOS


Foram identificados inicialmente 35 estudos, envolvendo colonização de MRSA em profissionais de saúde. Contudo, a partir da aplicação dos critérios previamente definidos, apenas 6 fizeram parte do escopo desta revisão. Os estudos selecionados foram julgados pelos revisores independentes e este processo pode ser melhor visualizado no Fluxograma (Fluxograma 1).


 




Fluxograma 1.

 


Na Tabela 1, podemos observar o Sumário dos estudos que fizeram parte do escopo desta revisão bem como seus principais resultados, que verificaram a colonização de MRSA em profissionais de saúde.


 



 


Os resultados do presente estudo revelam a existência de profissionais de saúde colonizados por MRSA, o que constitui um importante fator de risco para disseminação e possível causa das infecções relacionadas à assistência à saúde - IRAS (1).


 


DISCUSSÃO


Os setores alvos dos estudos realizados por diversos autores foram os mais variados, dentre eles destacam-se a unidade de queimadura, reabilitação, pediatria, UTI e ambulatório. Os grupos foram compostos por médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, funcionários administrativos, serviços gerais, assistente de atendimento entre outros (5-10-12-11-13). Entretanto, fazem parte dessa revisão somente profissionais da saúde, conforme descrito nos critérios de inclusão. Então, apesar de alguns dados indicarem que a problemática extrapola a correlação entre cuidadores e pacientes, pois os autores Ruiz et al.,2014 e Verwer et al.,2011, sinalizaram profissionais de serviços gerais, segurança e assistência de atendimento, igualmente colonizados por MRSA, não serão dados considerados como resultados viáveis para esta discussão.


Os estudos conduzidos por Gomes et al.,2014, Verwer et al.,2011 e Legrand et al.,2015 apontaram a classe de Enfermagem como o profissional mais susceptível à contaminação, apresentando prevalência de colonização de 16,7%, 5,2% e 16,1% respectivamente. Demais autores como Silva et al.,2012, Moura et al.,2011, Reinato et al.,2015, Arantes et al.,2013, revelam também, os mais variados percentuais de colonização por S aureus resistente à meticilina 3,3%, 7,1%, 28,6%, 65,11% (14-15-16-17), embora seus estudos tenham avaliado a susceptibilidade da classe de Enfermagem de forma isolada, todos corroboram com a premissa de que a colonização desses profissionais justificam-se pelo contato direto com os pacientes,(13-18) bem como, pela delonga em ambiente hospitalar(14-8), conduzindo-os assim, a uma posição de carreadores transitórios ou persistentes e consequentemente, possíveis disseminadores de MRSA(14-18). Legrand et al.,2015, na sua discussão, levanta ainda a existência de outros fatores envolvidos na dinâmica de colonização por MRSA: tipo e características patológicas do paciente, a organização nos cuidados de Enfermagem, intervenção clínica realizada e a variação no cumprimento de medidas de higiene entre setores, entretanto relatam a incapacidade de seu modelo de estudo de estimar o impacto sobre a transmissão.(13)


É interessante destacar, o desfecho dos autores Immergluck et al.,2013 e Ruiz et al.,2014 que descrevem taxas de colonização por MRSA em profissionais de saúde semelhantes às encontradas na população (3,1%) e às descritas na literatura (2,4%), respectivamente. Fato que não deve ser negligenciado, pois existem grandes evidências publicadas que atestam a grande facilidade de disseminação de MRSA no meio intra-hospitalar(19), através do contato direto(8-20-21) e, além disso, apenas um único portador pode ser fator de risco em setores onde os pacientes são mais vulneráveis.(14) Cabe frisar que a literatura revisada de Albrich et al.,2008, concluiu, que cerca de 5% dos profissionais de saúde tornam-se colonizados por MRSA e desenvolvem a doença (20-21).


Evidências suportam que a elevada percentagem 73% dos profissionais de saúde colonizados por MRSA, segundo Iyer et al.,2014, deve ser considerada como potencial aspecto de risco na disseminação (22), entretanto seu estudo não avaliou a persistência ou a transitoriedade da colonização, uma vez que, são fatores importantes relacionados ao risco de transmissão (14-22).


O contato direto com o paciente, bem como o tempo prolongado em ambiente hospitalar, como fatores de risco para contaminação (14-17) é ratificado quando se avalia o grupo controle de Iyer et al.,2014, onde 100% dos estudantes, sem qualquer exposição a este tipo de ambiente, não apresentaram colonização por MRSA. Diante disso, torna-se interessante discutir as medidas de controle para disseminação, sugeridas pelo autor, como cumprimento de padrão de higienização das mãos, educação continuada e rastreio de MRSA. Acredita-se que à adesão aos padrões de higienização das mãos tenha um impacto positivo no controle da disseminação dessa cepa no âmbito hospitalar, uma vez que o transporte deste micro-organismo ocorre facilmente pelas mãos (8-14). Destaca-se também a necessidade do contínuo investimento em medidas educativas para a equipe de saúde, uma vez que através da educação continuada tem-se condição de implementar ações de proteção, prevenção, redução e tratamento de infecções por MRSA (1-23). Outro ponto abordado é a triagem de MRSA como rotina nos profissionais de saúde, entretanto ainda mostra-se discutível, pois apesar de vantajoso(21), alguns autores sugerem apenas em setores onde pacientes são mais vulneráveis (24) e/ou em caso de surtos(18-20), já que seu custo elevado ainda limita a implementação (20).


Além das medidas de controle citadas por Iyer et al.,2014, os autores Ruiz et al.,2014 e Immergluch et al.,2013 mencionam também, terapia de descolonização e uso racional de antibióticos. A terapia de descolonização pode ser definida como a administração tópica e/ou sistêmica de antimicrobianos ou antissépticos com finalidade de erradicar ou suprimir o estado do portador, tendo em vista, que o colonizado pode ser portador transitório, intermitente ou persistente, entretanto, ainda muito controversa, pois parece que a heterogeneidade dos resultados não evidencia claramente os benefícios, sendo indicado por alguns autores como conduta de escolha em casos de surtos (20) ou em setores onde os pacientes são mais susceptíveis e apresentam risco de morte (14). Sabe-se que o uso racional de antibióticos é fator importante para minimizar a seleção da resistência aos antimicrobianos (25-26), já que cepas de MRSA também são frequentemente resistentes a outras classes de antibióticos como aminoglicosídeos, macrolídeos e quinolonas, mostrando-se assim, como um micro-organismo de grande potencial para multirresistência (5-7-19).


Vale ressaltar que dentre os achados de Verwer et al.,2011 verificou-se porcentagem elevada de 81,1% das cepas de MRSA similares às encontradas na comunidade CA-MRSA (Community-associated-MRSA). Suspeita-se que a importação para o ambiente hospitalar seja mais provável através do influxo de pacientes contaminados e/ou colonizados (3-13) do que através dos profissionais de saúde(13). Estas cepas apresentam um perfil diferenciado quando comparadas às cepas hospitalares HA-MRSA, pois carregam o cassete cromossômico mec (SCCmec) tipos IV e V (4), que confere resistência aos antibióticos beta-lactâmicos, sendo susceptível à maioria dos outros antimicrobianos. A priori estes dados podem mudar o perfil epidemiológico hospitalar (3) e isentar profissionais de saúde como responsáveis pela transmissão devido ao aumento da prevalência de CA-MRSA na comunidade (21). Pode-se verificar que a colonização por MRSA em profissionais de saúde apresenta distribuição mundial (Arábia Saudita, Brasil - Niterói/RJ, Equador - Quito, Estados Unidos - Atlanta, Austrália e França) permitindo mostrar que a problemática da multirresistência aos antibióticos e infecções relacionadas à assistência à saúde são questões globalizadas (6-14-19) e merecem atenção especial no controle e disseminação dessas superbactérias no ambiente hospitalar (1).


 


CONCLUSÃO


Esta revisão demonstra que há colonização por MRSA em profissionais de saúde e aponta risco de transmissão deste micro-organismo pelo contato direto podendo assim, refletir no aumento da ocorrência de infecção relacionada à assistência à saúde. Mediante isso, verifica-se a necessidade da conscientização de toda equipe multiprofissional com relação ao cumprimento dos padrões de higienização das mãos, do uso racional de antibióticos e da importância da educação continuada como medidas de proteção, prevenção e controle, a fim de contribuir para a segurança do paciente e reduzir a incidência de infecção hospitalar.


 


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